Um estudo recente descobriu que indivíduos otimistas correm mais risco de serem enganados.
Ei você. Parabéns por conseguir aquele emprego confortável no exterior como representante financeiro. Ah, e parabéns por ganhar aquela loteria em que você nunca pensou ter entrado. Tem sido extremamente generoso da sua parte resgatar aquele príncipe nigeriano que lhe mandou um e-mail pedindo ajuda.
Sem dúvida, os tipos experientes que leram até aqui estão balançando a cabeça em descrença, já que o mencionado acima é apenas um punhado de exemplos do número aparentemente infinito de golpes online por aí. A maioria de nós pode sentir o cheiro de um golpe, mesmo se estivermos a um quilômetro de distância de nossas telas. Mas quanto ao resto que recebe enrolado por todos esses golpes de alta tecnologia e provavelmente há uma razão para isso.
No início deste ano, a neuropsicóloga forense Stacey Wood, da Califórnia, e outro colega decidiram descobrir o que leva alguém a ser sugado por golpes online, criando um eles mesmos. Examinando 25 golpes bem-sucedidos de documentos fornecidos pelo escritório do Los Angeles Postal Inspector, eles montaram um protótipo de solicitação para um empreendimento falso.
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Eles criaram várias versões de golpes e incluíram alguns com incentivos para agir antes de uma determinada data, deixando suas presas saberem que seu nome foi fornecido por uma empresa estabelecida. Essas adições foram usadas para rastrear quais tipos de persuasão foram mais bem-sucedidos. Em seguida, um grupo de teste de mais de 200 indivíduos, totalmente ciente de que os protótipos eram fraudes, avaliou o material de acordo com os benefícios e riscos. Uma segunda fase do experimento acrescentou outro componente: uma solicitação de uma taxa de ativação que varia de US$ 5 a US$ 100 para dar acesso aos prêmios.
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O resultado foi que 48% do grupo mostraram que responderiam a uma solicitação, independentemente da versão apresentada. Esses entrevistados não apenas eram mais jovens e tendiam a ter menos escolaridade do que o resto do grupo, mas também acreditavam que os benefícios de responder superavam os riscos inerentes a um golpe. Esse número caiu para cerca de metade quando uma taxa de ativação foi introduzida.
Curiosamente, 60% dos entrevistados, embora percebessem que estavam envolvidos em um golpe, disseram que ainda considerariam participar se a chance de ganhar um prêmio fosse maior do que o risco de entrar em algo bastante duvidoso.
Análises subsequentes também indicaram que aqueles que tinham perspectivas mais otimistas, como os tipos que veem o copo como 'meio cheio', eram mais propensos a cair em um golpe do que aqueles que tinham uma perspectiva mais pessimista, como aqueles que veem o copo como 'meio vazio'.
Presumivelmente, avaliar benefícios e riscos levou em conta a possibilidade de desistir do esquema antes que fosse tarde demais. No entanto, na realidade, uma vez que você clica em uma proposta falsa, você já corre o risco de perder alguns ativos e ser alvo de golpistas para futuras oportunidades sem escrúpulos.
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